Era Uma Vez na América

ONCE UPON A TIME... SERGIO LEONE


Em 3 de janeiro, há 91 anos (1929), nascia o consagrado diretor italiano Sergio Leone, que nos deixou em 1989. De sua obra, impecáveis westerns, como a Trilogia dos Dólares (1964 a 1966), com Clint Eastwood e Lee Van Cleef, e o clássico Era Uma Vez No Oeste (1968), com Claudia Cardinale, Henry Fonda, Jason Robards e Charles Bronson.
Pude rever, mais uma vez, nesta primeira semana do ano, exibido em sua homenagem por um canal de TV por assinatura, outro de sua antologia, Era Uma Vez na América (1984). Baseado no romance The Hoods, de Harry Grey, um dos melhores filmes de todos os tempos, que chegou a ter 8 roteiristas e que levou mais de 12 anos até sua conclusão.
Mesmo com o DVD na estante, não resisti a vê-lo na TV, um dos importantes, intensos e belos filmes sobre a América. Nele, um painel sobre a ética, traição, amizade e lealdade, paixões e amores que começam e terminam, a crônica sobre a formação e trajetória dos gangsters da máfia judaica, entre os anos 1920 e 1960. Um recorte épico, amargo, romântico, admirável, sobre uma nação, no seu lendário sobre ambição, poder e crimes, sua história e seu espírito. Realizado por um italiano, Leone, com trilha musical que imprime no sentimento, de outro mago italiano, Ennio Morriconi. Fotografia em tons esmaecidos, cenários, figurinos e direção de arte, primorosos, na transposição para as diversas fases e épocas em que transita o filme, entre as nuances do glamour e da decadência. Em cena, Robert De Niro e James Woods soberbos, Jennifer Connelly no magnetismo de sua adolescência, Elizabeth Mc Govern, seu carisma e sua beleza estonteantes. E a categoria de Joe Pesci, William Forsythe, Treat Williams e Danny Aiello, entre outras participações.
Com suas 3h40 de duração, um filme que continua a guardar seus mistérios e indagações, entre o que se vê e o que se imagina, na alternância dos tempos cronológicos dos personagens, na sua
preciosa e precisa construção narrativa.
No final, a viagem no ópio como a metáfora e a representação da viagem na história, nos fracassos no amor e na vida, onde tudo era uma vez.. Once Upon a Time in América. Obra prima, filme final de uma carreira, exemplar, perfeito, do mestre Sergio Leone.

Comentários

  1. Também revi "Era uma vez..." do Leone no Telecine. Pois é, Dermê, de vez em quando ou quase sempre prefiro a grande tela. E, igualmente, prefiro ver na TV a colocar o DVD do filme. Talvez seja aquele secreto prazer de assistir "com o outro", partilhar emoções, curtir a arte junto. Sempre lembro da trilha sonora do Morricone, genial, maravilhoso, desse e de outros tantos filmes. Mas me emociono especialmente com a música "Amapola", absurdamente linda na trilha de Leone. Uma vez cheguei a sonhar com essa música. Vê se pode... Olha o que pode a ficção...

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