Casabanca, 78 Anos
CASABLANCA , CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS
Uma das histórias de amor mais famosas do cinema, cercada de dúvidas e interditos. Mescla romance, aventura e suspense policial, no contexto da 2a guerra mundial e da ocupação nazista em Paris. Com um pé no melodrama e com alguns clichês, como o recorrente triângulo amoroso e os inevitáveis flash blacks de tempos felizes, mas com um roteiro que ousa na sequência final ao fugir do então tradicional happy end, além da magnífica atuação dos protagonistas e da câmera.
Cinema noir, pleno de glamour, onde a aposta principal é também clássica, o sacrifício ou a felicidade dos amantes. Humphrey Bogart e Ingrid Bergman fazem cenas de amor e ódio sem mover um músculo da face. Interagem os dois entre si e com a câmera. O diretor Michael Curtiz sensualiza rostos e faces dos amantes com a maestria dos ousados closes. Bergman e Bogart, mestres da magia e do mistério do rosto indecifrável da persona cinematográfica.
Ao seu redor e à espreita, o personagem do capitão Renault, na interpretação marcante de Claude Rains, a quem coube ao final, caminhando com Bogart/Rick na neblina do aeroporto, a frase memorável: " — Sempre teremos Paris". Também no elenco, os atores Paul Henreid e Peter Lorre. A Henreid, seu personagem Victor Laszlo, um líder da resistência, coube comandar uma das sequências memoráveis do filme, a da incitação aos fregueses do Rick's Café a cantar "La Marseillaise", no contraponto ao hino patriótico nazista "Die Wacht am Rhein".
Casablanca, viagem inesquecível!
PS: Consta que Curtiz distribuía o roteiro das cenas pouco antes de filmá-las. E que Bergman implorava para saber o final, com qual dos dois ficaria, para poder construir de modo seguro sua interpretação. Curtiz não atendia, dizendo que a personagem Ilsa tb não sabe com quem ficará.
PS2: Consta ainda, segundo o livro "A Colaboração — O Pacto entre Hollywwood e o Nazismo", de Ben Urwand, que Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, exibia o filme aos produtores alemães clamando, aos gritos, que fizessem filmes como esse, mas invertendo papéis, com judeus e não nazistas como os vilões.
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