Sean Connery

 90 ANOS, CINEMA, CHARME E TALENTO.


"My name is Bond...James Bond!"
Daí em diante ou segue o jogo de cartas no pano verde, ou uma rajada de balas, ou uma fuga espetacular, ou um beijo ardente numa linda e quase sempre perigosa mulher.
7 filmes como o espião britânico da rainha, o agente secreto mais temido, mais querido, mais amado da história do cinema. Machista para muitos, sedutor, irresistível com as Bond girls, mulheres-enfeites, erotizadas e ardilosas, que a ele se entregavam, pelo seu charme e estilo, muitas delas dispostas em seguida à primeira noite, a traí-lo e mesmo a tramar contra sua vida.
"O Satânico Dr. No" (1962), "Moscou contra 007" (1963), "Goldfinger" (1964), "Thunderball/Chantagem Atômica" (1965), "Com 007 Só se Vive Duas Vezes" (1967), "Os Diamantes São Eternos" (1971) e o retorno anos depois em "Nunca Mais Outra Vez" (1984), histórias de Ian Fleming, retiradas dos livros de bolso do autor, publicados nos anos 50, na tela protagonizadas por um eletrizante Sean Connery, na adrenalina de missões quase impossíveis, misto de herói, justiceiro, galã, amante, atleta, lutador destemido, implacável contra os vilões inimigos, nas perseguições nos carros com poderes super especiais, com inovações tecnológicas a cada filme, e cheio de truques e malícias nos braços de musas incomparáveis. Desde a primeira delas, a sensualíssima Ursula Andress surgida do mar como uma sereia no primeiro dos filmes, e uma infinidade de outras, belas e irrepetiveis, como Daniela Bianchi, Shirley Eaton, Eunice Gayson, Tania Mallet, Claudine Auger, Molly Peters, e muitas que enfeitiçaram Bond e seus milhares de fãs.
Connery foi substituído na franquia por Roger Moore, Thimothy Dalton, Pierce Brosnan até o atual Daniel Craig. Nenhum deles foi igual a Connery, o primeiro, primoroso e incomparável, o mais sofisticado e melhor intérprete entre os agentes de finos smokings e com licença para matar.
Deixando pra trás seu famoso personagem emblemático, Connery pode dedicar-se a mostrar o grande talento de ator em produções diversas, com diretores importantes, fazendo filmes memoráveis e construindo tipos versáteis, intensos, que deixaram marcas expressivas no cinema mundial.
Foi ator de Hitchcock em "Marnie, Confissões de Uma Ladra" (1964), com Tippi Hedren, integrou o super elenco de famosos de "Assassinato no Orient Express" (1974), de Billy Wilder, fez dupla com Michael Caine em "O Homem que Queria Ser Rei" (1975), de John Huston, foi um já mais velho Robin Hood, com Audrey Hepburn, em "Robin e Marian" (1976), de Richard Lester. Unindo suavidade e força, alternando tons de drama e humor, Connery tornou-se a cada ano um dos mais destacados e qualificados atores do mundo do cinema.
Nos anos 80 encarnou papéis inesquecíveis, como o frade William de Baskerville de "O Nome da Rosa" (1986), de Jean-Jacques Annaud, quando ganhou o prêmio Bafta de Melhor Ator. No mesmo ano foi um highlander ancestral junto a Christopher Lambert em "Highlander, o Guerreiro Imortal" (1986), de Russel Mulcahy, e foi o policial Jim Malone de "Os Intocáveis" (1987), de Brian de Palma, vencendo com o papel o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante da Academia. Interpretou também o pai de Indiana Jones em "A Última Cruzada", (1989), de Steven Spielberg que, fã do ator, deu-lhe o personagem marcante do prof. Henry Jones, que praticamente roubou para si o filme, com o desempenho extraordinário de um arqueólogo veterano envolvido em peripécias atrás de relíquias sagradas, em busca da descoberta do lendário Santo Graal.
Muitos outros filmes na carreira, com destaque ainda para "Negócios de Família" (1989), "Caçada ao Outubro Vermelho" (1990), "A Casa da Rússia" (1990), "A Rocha" (1996), "Armadilha" (1999), "Encontrando Forrester" (2000), "A Liga Extraordinária" (2003), entre outros, com um ator sempre tomado por grande magnetismo e tenacidade, talento raro numa persona cinematográfica como poucas no cinema. 
Agraciado em 2000 com o título de Sir, pela rainha Elizabeth II, compareceu à cerimônia vestido com traje escocês, em nome de sua luta política histórica pela independência da Escócia ao Reino Unido.
Thomas Sean Connery deixou de fazer filmes em 2006, aposentou-se vivendo hoje num paraíso nas Bahamas, em cenários entre a ficção e a vida real, no jeito que mais gosta.
Nesta semana, em 25 de agosto, nascido em 1930, completou 90 anos. De vida e glória, no melhor cinema que pode nos oferecer. Um brinde a um grande artista, uma lenda viva, um dos melhores, inesquecível aos olhos dos amantes dos ótimos filmes de ação, aventura, romance e drama histórico onde, para sempre, os diamantes são eternos.





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