Woody Allen, benvindo de volta!

WOODY ALLEN, WELL COME!

Salve o mestre Woody Allen, nos seus 83 anos, de volta ao cinema! Ao encontro de seus admiradores, que o seguem há décadas, em síndrome de abstinência de seus filmes já faz tempo. De sua verve, humor, melancolia, seu universo romanesco e nostálgico. Persona non grata em Hollywood, voltará a ser acolhido pela Europa.
Os atores e atrizes Christoph Waltz, Louis Garrel, Sergi López, Gina Gershon, Elena Anaya e o fotógrafo Vittorio Storaro (que fotografou Café Society e Roda Gigante), solidários ao diretor, estarão com Allen na Espanha, em julho, para as filmagens de um roteiro, sobre desventuras amorosas, que se desenrola no decorrer do festival de cinema de San Sebastian. Neste festival, Allen foi premiado duas vezes, em 2004 pelo conjunto da obra e em 2008 por melhor filme.
A produção será bancada pela distribuidora independente espanhola Mediapro (que financiou Vicky Cristina Barcelona em 2008 e Meia-Noite em Paris em 2011), e que retira o diretor do absurdo boicote a que foi submetido pelo falso moralismo americano. Acusado de abuso sexual, sempre se defendeu do que afirmou não ter cometido. Vítima de estrelismos puritanos, são inúmeras as retratações que já recebeu. Seu último filme, A Rayni Day in New York, de 2018, com Elle Fanning, Selena Gomez e Jude Law, foi cancelado e engavetado pela Amazon, por conta da sabotagem empreendida contra o diretor.
Todo movimento radical, como o Me Too, protagonizado por mulheres do cinema, necessário para exemplarizar crimes sexuais como os do produtor Harvey Weinstein, comete excessos, além de solos oportunistas de quem se aproveita para aparecer também fora das telas, como os ocorridos contra Allen, na esteira de acusações, nunca provadas, da ressentida e surtada ex-esposa, a atriz Mia Farrow. Importante ressaltar o apoio recebido por Allen desde logo por muitos colegas, como Javier Bardem, Alec Baldwin, Diane Keaton, Anjelica Huston, Kate Winslet e Scarlett Johansson, entre outros e outras. Lembre-se também o depoimento, mesmo tardio, do filho Moses Farrow, inocentando o pai, com críticas pesadas ao comportamento doentio e abusivo da mãe.
Benvindo de novo às telas Mr Allen! Com o cinema inteligente e sedutor com que sempre nos presenteou, ano a ano. De uma obra que em muitos filmes teve o brilho e a força da mulher como o centro absoluto de suas narrativas, Rosa Púrpura do Cairo, Hanna e Suas Irmãs, Setembro, Poderosa Afrodite, Blue Jasmine, Roda Gigante, entre outros.
Que siga a vida, e que siga nas telas o cinema inquieto e glamuroso, de amarguras, neuroses, delírios e sonhos, embalados nas trilhas do jazz, de Woody Allen!

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