Casabanca, 78 Anos

CASABLANCA , CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS


78 anos do lançamento nos EUA do clássico Casablanca, em 26 de novembro de 1942, filme vencedor dos principais Oscars de 1943. 

Uma das histórias de amor mais famosas do cinema, cercada de dúvidas e interditos. Mescla romance, aventura e suspense policial, no contexto da 2a guerra mundial e da ocupação nazista em Paris. Com um pé no melodrama e com alguns clichês, como o recorrente triângulo amoroso e os inevitáveis flash blacks de tempos felizes, mas com um roteiro que ousa na sequência final ao fugir do então tradicional happy end, além da magnífica atuação dos protagonistas e da câmera. 

Cinema noir, pleno de glamour, onde a aposta principal é também clássica, o sacrifício ou a felicidade dos amantes. Humphrey Bogart e Ingrid Bergman fazem cenas de amor e ódio sem mover um músculo da face. Interagem os dois entre si e com a câmera. O diretor Michael Curtiz sensualiza rostos e faces dos amantes com a maestria dos ousados closes. Bergman e Bogart, mestres da magia e do mistério do rosto indecifrável da persona cinematográfica. 

Ao seu redor e à espreita, o personagem do capitão Renault, na interpretação marcante de Claude Rains, a quem coube ao final, caminhando com Bogart/Rick na neblina do aeroporto, a frase memorável: " — Sempre teremos Paris". Também no elenco, os atores Paul Henreid e Peter Lorre. A Henreid, seu personagem Victor Laszlo, um líder da resistência, coube comandar uma das sequências memoráveis do filme, a da incitação aos fregueses do Rick's Café a cantar "La Marseillaise", no contraponto ao hino patriótico nazista "Die Wacht am Rhein". 

Casablanca, viagem inesquecível! 

PS: Consta que Curtiz distribuía o roteiro das cenas pouco antes de filmá-las. E que Bergman implorava para saber o final, com qual dos dois ficaria, para poder construir de modo seguro sua interpretação. Curtiz não atendia, dizendo que a personagem Ilsa tb não sabe com quem ficará. 

PS2: Consta ainda, segundo o livro "A Colaboração — O Pacto entre Hollywwood e o Nazismo", de Ben Urwand, que Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, exibia o filme aos produtores alemães clamando, aos gritos, que fizessem filmes como esse, mas invertendo papéis, com judeus e não nazistas como os vilões.

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